VACINAÇÃO CONTRA A POLIOMIELITE
Ministério da Saúde espera vacinar 12 milhões de crianças de seis meses a menores de cinco anos. A campanha também serve para atualizar a caderneta infantil.
A campanha de vacinação
contra a poliomielite, que começou neste sábado (15), prossegue até o dia 31 de
deste mês. Nas duas semanas da campanha, o Ministério da Saúde espera imunizar,
pelo menos, 12 milhões de crianças na faixa etária de seis meses a cinco anos
incompletos, o que representa 95% do público-alvo.
Além da proteção contra a
paralisia infantil, a campanha será a oportunidade para colocar a vacinação em
dia. Para isso, é fundamental que os pais levem a caderneta das crianças para ser avaliada. As vacinas em
atraso podem ser administradas, na hora, pelo profissional de saúde.
O ministro da Saúde,
Arthur Chioro, lembra que, apesar do Brasil não apresentar casos da doença
desde 1990, é importante dar continuidade à imunização das crianças, para
evitar que a poliomielite volte a circular no país. A doença foi erradicada em
1994.
“Nos últimos dois anos, a
doença infectou pessoas em nove países, da África e Ásia, por isso é
extremamente importante seguir a orientação da Organização Mundial da Saúde e
vacinar o máximo possível de crianças. Vamos aproveitar também para colocar a
caderneta das crianças em dia com a atualização de outras vacinas",
reforçou Chioro.
Com a campanha de
atualização, o Ministério da Saúde busca aumentar a cobertura vacinal e
diminuir o risco de transmissão de doenças que podem ser evitadas, além de
reduzir as taxas de abandono. Durante a campanha, serão disponibilizadas
vacinas contra tuberculose, rotavírus, sarampo, rubéola, coqueluche, caxumba,
varicela, meningites, febre amarela, hepatites, difteria e tétano, entre
outras.
Crianças que nunca foram
vacinadas contra a poliomielite não receberão as gotinhas na campanha. Por
estarem iniciando o esquema vacinal, elas devem ser imunizadas com a vacina
inativada poliomielite (VIP injetável), aplicada aos dois e quatro meses de vida.
Já aos seis meses, a criança deve receber uma dose da vacina oral e outra de
reforço aos 15 meses (confiram tabela abaixo).
APLICATIVO – O Ministério
da Saúde disponibiliza o aplicativo Vacinação em Dia para facilitar o
gerenciamento das cadernetas de vacinação para toda a família. A ferramenta é
uma forma fácil de acompanhar o calendário de vacinação de crianças e adultos,
marcando a data da imunização e agendando a próxima. Estão disponíveis
informações sobre todas as vacinas ofertadas pelo SUS e o usuário poderá
cadastrar até 10 carteiras de vacinação.
O aplicativo tem também a
função de lembrete, com notificações sobre as campanhas sazonais de vacinação.
É possível calcular ainda, a partir da inserção da primeira vacina no
calendário, quando o usuário deve comparecer ao posto para uma nova imunização.
Os calendários de vacinação cadastrados no aplicativo Vacinação em Dia também
podem ser enviados via e-mail para impressão. A ferramenta funciona em tablets
e smartphones, que utilizem sistemas operacionais iOS e Android.
Com o slogan “Você é o
protetor do seu filho”, a campanha publicitária já está sendo veiculada desde
domingo (9). As peças mostram a responsabilidade dos pais de levar as crianças
para serem vacinadas. Até o dia 31 de agosto, as mensagens serão veiculadas na
TV aberta e fechada, rádio, internet, redes sociais e aplicativos de mobile.
SEGURANÇA - A vacina é
extremamente segura e protege contra os três sorotipos do poliovírus 1, 2 e 3.
A eficácia da imunização é em torno de 90% a 95%. Não existe tratamento para a
poliomielite e a única forma de prevenção é a vacina. Ela é recomendada, até
mesmo, para as crianças que estejam com tosse, gripe, coriza, rinite ou
diarreia. Já, para crianças com infecções agudas, com febre acima de 38ºC ou com
hipersensibilidade a algum componente da vacina, o Ministério da Saúde
recomenda aos pais que consultem um médico para avaliar se a imunização é
indicada.
POLIOMIELITE - O Brasil
está livre da poliomielite desde 1990 e, em 1994, o país recebeu, da Organização
Pan-Americana de Saúde (OPAS), a Certificação de Área Livre de Circulação do
Poliovírus Selvagem em seu território. Entretanto, nove países registraram
casos em 2014 e 2015. Em três países - Nigéria, Paquistão e Afeganistão - a
poliomielite é endêmica. Nos outros seis (Somália, Guiné Equatorial, Iraque,
Camarões, Síria e Etiópia) os casos registrados da doença foram decorrentes de
importação do poliovírus selvagem. Por isso, a vacinação é fundamental para que
casos de paralisia infantil não voltem a ser registrados no Brasil.
A poliomielite é uma
doença infectocontagiosa grave. Na maioria dos casos, a criança não vai a óbito
quando infectada, mas adquire sérias lesões que afetam o sistema nervoso,
provocando paralisia irreversível, principalmente nos membros inferiores. A
doença é causada pelo poliovírus e a infecção se dá, principalmente, por via
oral.
O Brasil é referência
mundial em vacinação e o Sistema Único de Saúde (SUS) garante à população
brasileira acesso gratuito a todas as vacinas recomendadas pela Organização
Mundial de Saúde (OMS). Atualmente, são disponibilizadas pela rede pública de
saúde, de todo o país, 17 vacinas que integram o Calendário Nacional e combatem
mais de 20 doenças, em diversas faixas etárias.
Esquema sequencial de vacinação contra a poliomielite
Idade
|
Qual a vacina
|
2 meses
|
Vacina inativada poliomielite – VIP
|
4 meses
|
VIP (injetável)
|
6 meses
|
Vacina oral poliomielite – VOP
|
15 meses
|
VOP (reforço)
|
Fonte:Portal Saúde
Nenhum comentário:
Postar um comentário